Renúncia do Papa
Fausto Jaime
Confesso que gostaria muito
de conhecer a opinião de Hans Küng a respeito da renúncia do Cardeal Joseph
Ratzinger ao papado. Küng quando professor
de teologia na Universidade Eberhard Karls em Tübingen, Alemanha, foi colega de
magistério de Joseph Ratzinger, o atual papa. Küng defende o fim da
obrigatoriedade do celibato clerical e maior participação laica e feminina na
Igreja Católica. Segundo sua interpretação, seria um retorno da teologia
baseada na mensagem da Bíblia.
Penso que é hora da Igreja
Católica repensar muitos dos seus dogmas. Um deles seria a possibilidade de
ordenação de mulheres. Outro dogma em discussão é o da infalibilidade papal. No
livro Infallible? An Inquiry
("Infalibilidade? Um inquérito"), Küng iniciou uma reflexão
rejeitando o dogma da Infalibilidade Papal. Certamente, esta renúncia colocará
este tema na pauta de discussão.
Em seu livro “Um ética
global para a política e a economia mundiais”, Küng faz uma crítica radical do
mundo atual. Ele mostra a necessidade de uma orientação ética básica com vistas
a um mundo mais pacífico, mais humano e mais justo. Toda esta pauta de
discussão proposta por Küng é de grande atualidade.
Em abril de 2010, Küng
publicou em vários jornais uma carta aberta a todos os bispos católicos. Na
carta, ele criticou o comportamento do Papa Bento XVI em questões litúrgicas e
no comportamento inter-religioso e também os escândalos de abuso sexual em que membros
da Igreja Católica são envolvidos.
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